13 fev Francesco Petrarca – Erano i capei d’oro
Francesco Petrarca nasce em Arezzo, na Toscana, em 1304 e é considerado um dos ‘pais’ da língua italiana. Sua influencia sobre a poesia e a literatura da inteira Europa foi imensa. Sua obra principal “Il Canzoniere” é uma das mais importantes obras da poesia mundial. Italianonline disponibiliza para você uma leitura de um famoso soneto dedicado a Laura, a musa inspiradora de Petrarca. Acompanhe o texto original e leia uma explicação em português, escrita por nos, do significado do poema. A leitura é de Marco De Liso, diretor de Italianonline
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Erano i capei d’oro a l’aura sparsi
che ’n mille dolci nodi gli avolgea,
e ’l vago lume oltra misura ardea
di quei begli occhi, ch’or ne son sì scarsi;
e ’l viso di pietosi color farsi,
non so se vero o falso, mi parea:
i’ che l’esca amorosa al petto avea,
qual meraviglia se di sùbito arsi?
Non era l’andar suo cosa mortale,
ma d’angelica forma; e le parole
sonavan altro, che pur voce umana;
uno spirto celeste, un vivo sole
fu quel ch’i’ vidi: e se non fosse or tale,
piaga per allentar d’arco non sana
Explicação:
Os cabelos, loiros, estavam espalhados ao vento, que os entrelaçava em mil doces nós; e os olhos brilhavam de uma luz, instável, que hoje não concedem mais.
Parecia-me que o rosto assumisse cores graciosas, não sei se de verdade ou só por imaginação. Não é possível surpreender-se se eu, que tinha a primeira luz do amor no peito, me senti arder de repente.
Seu jeito de andar não era de seres mortais, mas de formas angelicais; e suas palavras soavam diferentes daquelas de uma voz humana.
O que eu vi foi um espirito celeste, um sol vivo. E se agora não é mais o que era, saibam que a ferida de uma flecha não melhora, quando a corda do arco perde sua tensão.